quinta-feira, 13 de maio de 2010

O que é santidade?

No embalo da tal Semana Santa [faz tempo, hein?], fiquei pensando aqui comigo mesma sobre o significado da palavra “santidade” e lembrei-me de algumas histórias. 
        
Minha mãe dizia que, quando adolescente, uma senhora amiga da família sempre lhe perguntava com muito interesse: “Ô, Toinha! Tu és santa? É que estás sempre tão quieta e nunca te vi ir ao banheiro!”.  
       
Dona Dorinha, pessoa simples, do interior, que trabalha aqui em casa há alguns anos, costuma falar que “tem crente que só quer ser santo” e arremata dizendo: “Nunca vi santo comer farinha!”. 

Na cabeça de Dona Dorinha e daquela amiga da minha mãe, santos não se alimentam nem têm necessidades fisiológicas. Creio não precisar dizer que essas duas humildes senhoras utilizaram conceitos medievos e anti-bíblicos do termo “santo”. Infelizmente, não são apenas as pessoas de pouca instrução escolar e/ou bíblica que o fazem. A concepção católica medieval de santidade fez um estrago danado na cristandade em geral!
         
Porém, sejamos justos, ideias biblicamente equivocadas sobre santidade não são apenas culpa da herança católica. A natureza de tais equívocos nos remete à própria natureza humana.
          
Muitos cristãos evangélicos e protestantes riem-se da ingenuidade dos católicos acerca das indulgências e intercessão dos santos no céu, porém, têm crido que santo é alguém impecável, sobre-humano. Baseado em quê chegam a tal conclusão, não faço ideia. Só sei que convenceu a muitos.
        
Alguns vão ao extremo de dizer que santo só Jesus (boa desculpa a fim de sentirem-se à vontade para dar vazão à sua natureza pecaminosa!). Se assim fosse, Jesus seria louco ou mentiroso por querer de nós algo que não podemos alcançar. “Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: ‘Sede santos, porque eu sou santo’” (1Pd1:16 e 16. Ver também 1Co1:2).
   
Santidade não é algo que os outros, ou que você acha que é; santidade é o que Deus diz que é. Explico... É assim: nesse quesito, só a opinião de Deus importa. Não interessa o quanto outros digam, ou o quanto você se ache, miserável; se você tem buscado a Deus diariamente, você é santo para Deus, “pois tudo que Deus criou é bom, e, recebido com ações de graças, nada é recusável, porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificado” (1Tm4:4 e 5). Também não importa o quanto outros digam, ou o quanto você se ache, santo; se você não busca a Deus como se sua vida dependesse disso (pois realmente depende), você não é santo.
      
Outro conceito equivocado é o de que a santidade hoje é apenas para alguns, a maioria dos cristãos só a alcançará na glorificação, quando Cristo vier. Todavia, a Bíblia trata a santidade como algo real no dia a dia do cristão: “Já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef2:19). Pois, onde Cristo chega, nada fica como era antes. É impossível que alguém ande com Cristo a cada dia e não seja cada dia mais parecido com Ele (2Co3:18). Santidade é algo para agora.
      
Este texto abre uma pequena série de textos sobre santidade, dentro da nossa série maior sobre conceitos. Provavelmente, eu já mate a expectativa de muitos ao dizer isso, mas é possível que alguns achem os textos desta minissérie óbvios e repetitivos. O que pode até ser um bom sinal, pois, talvez signifique que já conheçam e pratiquem tais princípios.
       
Contudo, peço licença para escrever aos iniciantes no assunto. Para estes é necessária uma exposição um tanto paulatina, a fim de desprogramar a mente de tantas ideias canhestras acerca do tema.
          
Durante muito tempo, mitos sobre santidade têm assolado o cristianismo. Pessoas em todo o mundo têm vacilado ou abandonado a fé por conta deles. Estaria você imune? Bem, sinceramente, eu não teria a petulância de me considerar assim ("Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia". 1Co10:12. Ver também 1Pd5:8).

Convido você a identificar mais alguns mitos sutis sobre santidade e a estar escudado na Palavra a fim de proteger-se deles.


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Figura: Santa Maria Goretti (1890-1902), patrona das vítimas de estupro. Ao sofrer tentativa de violência sexual, preferiu ser morta a ter sua castidade violada.




Este post faz parte da série "A importância dos conceitos". Leia também os outros textos da série.

3 comentários:

  1. Eita! Mês de abril inteiro sem postar, hein, dona Vanedja? Parabéns, incompetência nata!

    Veja q o primeiro parágrafo indica qdo deveria ter saído este post.

    Bem, o importante é q tamo de volta, né?

    Vamos acompanhar a série, rapaziada?

    Não esqueçam de agradecer (ou xingar) a Daniella Virmes, dona deste blog aqui: http://daniellavirmes.com/. Afinal, foi ela a responsável pela formatação deste post, q tava dando pau, e eu ñ conseguia formatar nem por decreto dominical (piada interna). Além de sempre fornecer dicas técnicas valiosas a esta analfabeta aqui.

    É bom termos amigos altamente cristãos, aos quais podemos explorar. ;p

    Valeu, Dani!

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  2. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.. Ceeeeeeeeeerrrrrrrtttttttttooooooooooooo..
    Vou cobrar hein?
    hauahuahuahuahauha
    Bjssssssssssssssssssssssss
    E valeu pela propaganda ;)

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  3. Problema é a santidade aferida pelas obras.

    Amarrei meu jegue por essas bandas!!!!!!!



    Evanildo F. Carvalho

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